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Após a liberação dos últimos reféns, policiais da tropa de choque e da Rocam entraram no local e contornaram a situação. De acordo com Sérgio Fontes, os presos já estão contidos e em breve será iniciado o processo de contagem para saber quantos detentos fugiram do complexo e também para saber quantos foram mortos. Sobre as mortes, o secretário afirmou que o número varia de 50 a 60 "no máximo".
Para Fontes, o principal motivo da rebelião foi o narcotráfico. “As organizações criminosas que se alimentam do tráfico fazem seus planos baseados nos seus interesses e isso culminou nessa tragédia. Infelizmente essa é uma realidade que já aconteceu em outros estados nós entendemos que isso é um problema do Governo Federal. O que nós vivemos hoje foi mais um capítulo da disputa pelo tráfico de substâncias entorpecentes no Amazonas”, contou.
No inicio da manhã, o comandante do Policiamento Especializado (CPE), tenente-coronel Cleitman Rabelo informou que pelo menos 80 pessoas haviam sido mortas durante a rebelião de detentos do Compaj, localizado no Km 8 da BR-174. O ex-policial Moacir Jorge da Costa, o “Moa”, foi esquartejado em sua cela durante o motim.
12 agentes penitenciários foram mantidos reféns, destes 5 foram liberados durante a madrugada e o restante pela manhã desta segunda-feira. A água que alimenta o presídio foi cortada e os presos exigiram que seus processos criminais sejam revistos e que alguns presos do semiaberto voltem ao regime fechado. Durante toda a madrugada a movimentação em frente ao Compaj foi intensa. Viaturas da polícia e IML estiveram durante toda a noite no local, assim como os familiares.
Em coletiva de imprensa na noite deste domingo, o secretário de Segurança Pública, Sérgio Fontes, revelou que uma guerra interna entre as facções Família do Norte (FDN) e Primeiro Comando da Capital (PCC) causou o que Fontes chamou de massacre. "Eu digo massacre porque seis mortos pra mim já é um massacre". "Tudo indica que foi ataque de uma facção maior contra uma menor, para eliminar a concorrência", contou.
O caos que afetou o sistema prisional neste domingo, com uma fuga em massa do Instituto Penal Antônio Trindade (Ipat) e uma rebelião sangrenta no Complexo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj), pode ter sido uma ação combinada entre os detentos, de acordo com o secretário de Segurança Pública, Sérgio Fontes.
Segundo ele, a fuga em massa no Ipat "provavelmente foi cortina de fumaça para que pudessem atacar alvos do PCC no Compaj".
Fonte: ACrítica
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