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As audiências desta sexta-feira, presididas pelo juiz de Direito Jorsenildo Dourado do Nascimento, titular da 1ª Vara de Iranduba, começaram às 9h30, com o interrogatório dos réus do núcleo Político, sendo o ex-prefeito, o primeiro a ser interrogado, com duração de quase quatro horas.
Houve uma pausa para o almoço, por volta das 13h40, e às 14h20 os trabalhos foram retomados com o interrogatório do réu David Queiroz Félix. Até 16h10, ele ainda continuava contando sua versão dos fatos ao juiz. Dependendo da evolução deste interrogatório, a outra pessoa acusada, Nádia Medeiros de Araújo, poderá ser ouvida somente na segunda-feira (19).
Este é o maior processo em tramitação no Tribunal de Justiça do Amazonas, com mais de 44 mil páginas, e envolve políticos, ex-secretários do Município e empresários, todos acusados de integrar um esquema de desvio de verbas públicas e fraudar licitações na Prefeitura de Iranduba, cujo valor ultrapassaria R$ 56 milhões, de acordo com o Ministério Público Estadual.
Em função do número de réus, testemunhas e da complexidade do caso, o processo foi desmembrado em três núcleos - Político, Empresarial e Administrativo -, para facilitar a análise das provas existentes. No primeiro, ficaram os acusados detentores de cargos políticos; já o núcleo Empresarial é composto por empresários acusados de envolvimento no esquema de corrupção; e no último núcleo, o Administrativo, estão os servidores públicos da Prefeitura de Iranduba que, de acordo com a acusação, também faziam parte da suposta organização criminosa.
Depois do núcleo Político, os próximos réus a serem interrogados serão os do núcleo Empresarial: Almir da Silva Prestes, Amarildo da Silva Medeiros, Ângela Rayane do Amazonas Medeiros de Araújo, Raimundo Israel de Araújo e Sérgio Souza da Silva. Na sequência, deverão ser interrogados os acusados do núcleo Administrativo - André Maciel Lima, Anny Glez Fialho da Silva, Edu Correa Souza, Genilson Ferreira da Silva e Piter Vilhena Gonzaga. Dos 13 réus, quatro permanecem presos. As audiências estão acontecendo nas salas das Câmaras Isoladas, no 3º andar do edifício-sede do Tribunal de Justiça, em Manaus, uma vez que a Comarca de Iranduba não possui estrutura física adequada para realizar audiências com um grande número de acusados, testemunhas e advogados. O process é público.
Audiências
Desde terça-feira, já foram ouvidos, na capital, os depoimentos de testemunhas de acusação e de defesa, com mais de 33 horas de gravação de áudio e vídeo, que serão incluídos no processo. Havia uma previsão para ouvir mais de 70 testemunhas nos três primeiros dias de instrução, mas foram ouvidas 47, no total, uma vez que a defesa dos réus desistiu de ouvir grande parte delas por entender que seus depoimentos não iriam contribuir substancialmente para o esclarecimento das denúncias.
Próximas fases
Próximas fases
A previsão é que os interrogatórios terminem na segunda-feira (19). Após a conclusão a oitivas de testemunhas e interrogatórios, abre-se a fase das diligências, onde as partes poderão requerer perícias ou novos depoimentos. Caso não haja, começa o prazo para as alegações finais, que deve começar no final de janeiro de 2017. Em função dos prazos judiciais, a previsão é que o processo esteja pronto para sentença em meados de março.
Matéria G1 Amazonas
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