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Melo quer transportar água pro resto do Brasil.

foto: Divulgação / Internet.
Estudos realizados do Serviço Geológico do Brasil (CPRM) apontam que apenas 1% da vazante do Rio Amazonas pode acabar com a seca no Nordeste e Sudeste do País. Ontem (04.08.15), o governador do Estado, José Melo (Pros), afirmou que apresentará o projeto oficial à presidente Dilma Rousseff. “Transportar água é a coisa mais fácil do mundo. Precisamos só de tubos e bombas de recalque”.
A declaração foi dada durante apresentação dos projetos de infraestrutura que estão sendo executados pelo governo estadual. A ideia, segundo José Melo, é que haja uma compensação financeira pelos benefícios prestados. O recurso poderá ser recebido por meio da Lei Estadual de Serviços Ambientais, que será votada ainda este ano.
“De quebra, quando essa água for transportada, o povo amazonense terá sua compensação pela retirada do bem que é nosso. Esta é uma saída para a crise hídrica e o Brasil teria que pagar um preço ao Amazonas e a um pedacinho do Pará, pois essa água será retirada entre os municípios de Parintins (AM) e Breves (PA)”, pontuou.
Melo citou, ainda, as obras do poliduto da Rússia até a Europa Oriental como exemplo de que, no Brasil, o projeto é viável. “Há 50 anos fizeram um poliduto saindo da Rússia até o mar da Turquia. Foram mais de seis mil quilômetros de distância. Eles construíram a obra em meio a ventos de 60 km/h, com 40 graus negativos de temperatura e rompendo montanhas. Por que não podemos levar água para o Brasil se não temos temporais, gelo, nem nada? É tão simples”, enfatizou.
De acordo com o CPRM, 1% da vazão do rio Amazonas – que corresponde a aproximadamente dois mil metros cúbicos por segundo de água – equivalente a todo o volume do rio São Francisco, que passa por cinco Estados e 521 municípios.
O rio Amazonas possui, em disparado, o maior fluxo de água por vazão. Segundo Melo, a intervenção não causará impactos negativos. “Mandei fazer um estudo para verificar os impactos ambientais. Eu tinha uma preocupação em falar disso e os cientistas irem contra. Mas ficou comprovado que esse 1% de água seria suficiente pra abastecer o Sul, Sudeste e Nordeste brasileiro sem nenhum impacto. É um volume insignificante considerando o bem que vai fazer pro Brasil”.
Alguns cientistas discordam da alternativa. Para o pesquisador do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa) Philip Fearnside, o problema não é o 1% da água tirada do rio Amazonas, mas sim a energia que seria necessária para bombear o recurso hídrico.
“O trajeto envolve subida de altitude. Diferente de petróleo, a água tem que ser transportada em volume muito maior, e o valor por metro cúbico é muito menor, fazendo com que fique economicamente bem menos viável do que polidutos na Rússia. A energia para as bombas teria que vir de algum lugar, provavelmente de hidrelétricas, que tem grandes impactos”, analisa.
A demanda cresce, o clima muda, e os preços sobem. Os problemas de oferta e demanda de alimentos é um dos mais discutidos atualmente. Para o governador José Melo, a solução de transportar água poderá influenciar positivamente até a crise mundial de alimentos.
“Olhando o fato de que o Brasil, nos próximos anos, será responsável por 25% de todo alimento que o mundo vai precisar, e considerando que é nos alimentos que se gasta 70% da água doce que se utiliza nesse País, e se essa água já está escassa, então tem que levar o recurso de onde tem”, ressaltou.
“Não faz o menor sentido”
“Um canal terrestre da foz do Amazonas até São Paulo, com algo em torno de 3 mil km de extensão e tendo que vencer grandes desniveis, faz brilhar cifrões dourados nos olhos das grandes empreiteiras. Com o maior rio da terra fluindo na Amazônia - refiro-me ao rio Voador de umidade - não faz o menor sentido pensar em usar enormes recursos financeiros da sociedade e incríveis quantidades de energia para fazer a transposição de água do Amazonas por terra. A ameaça real ao rio aéreo, que pode estar ligada à seca em outras regiões, chama-se desmatamento. Muito mais barato será estancar o desmatamento e replantar florestas”.
O governador José Melo apresentou os projetos de infraestrutura que estão sendo executados no Amazonas, como intervenções no sistema viário, infraestrutura da Cidade Universitária e duplicação da AM-010. Segundo ele, US$ 825 milhões serão investidos em obras e projetos em tramitação, sendo a maior parte dos investimentos destinados à obras do Prosamim.
Questionado sobre um dos principais objetivos do programa, que é a requalificação dos igarapés, Melo informou que esta fase faz parte da última etapa. “Até 2018 nós terminaremos as intervenções e lá na frente, quem vier nos suceder, terá a imcubência de fazer a última etapa em todos os igarapés, que são as implantações das usinas recicladoras para termos rios de águas límpidas”.
Os investimentos na bacia do São Raimundo somam U$ 280 milhões do BID e US$ 120 milhões de contrapartida do Estado e contemplam obras em cinco bairros – Aparecida, São Raimundo, Glória, Presidente Vargas e Centro – que devem beneficiar, de forma direta, 4 mil famílias que somam quase 20 mil pessoas. No interior, ele citou as obras do Programa de Saneamento Integrado de Maués (Prosai Maués) e anunciou que pelo menos 10 municípios precisam de intervenção do Prosamim.

Fonte: ACrítica.
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Estudos realizados do Serviço Geológico do Brasil (CPRM) apontam que apenas 1% da vazante do Rio Amazonas pode acabar com a seca no Nordeste e Sudeste do País. Ontem (04.08.15), o governador do Estado, José Melo (Pros), afirmou que apresentará o projeto oficial à presidente Dilma Rousseff. “Transportar água é a coisa mais fácil do mundo. Precisamos só de tubos e bombas de recalque”.
A declaração foi dada durante apresentação dos projetos de infraestrutura que estão sendo executados pelo governo estadual. A ideia, segundo José Melo, é que haja uma compensação financeira pelos benefícios prestados. O recurso poderá ser recebido por meio da Lei Estadual de Serviços Ambientais, que será votada ainda este ano.
“De quebra, quando essa água for transportada, o povo amazonense terá sua compensação pela retirada do bem que é nosso. Esta é uma saída para a crise hídrica e o Brasil teria que pagar um preço ao Amazonas e a um pedacinho do Pará, pois essa água será retirada entre os municípios de Parintins (AM) e Breves (PA)”, pontuou.
Melo citou, ainda, as obras do poliduto da Rússia até a Europa Oriental como exemplo de que, no Brasil, o projeto é viável. “Há 50 anos fizeram um poliduto saindo da Rússia até o mar da Turquia. Foram mais de seis mil quilômetros de distância. Eles construíram a obra em meio a ventos de 60 km/h, com 40 graus negativos de temperatura e rompendo montanhas. Por que não podemos levar água para o Brasil se não temos temporais, gelo, nem nada? É tão simples”, enfatizou.
De acordo com o CPRM, 1% da vazão do rio Amazonas – que corresponde a aproximadamente dois mil metros cúbicos por segundo de água – equivalente a todo o volume do rio São Francisco, que passa por cinco Estados e 521 municípios.
O rio Amazonas possui, em disparado, o maior fluxo de água por vazão. Segundo Melo, a intervenção não causará impactos negativos. “Mandei fazer um estudo para verificar os impactos ambientais. Eu tinha uma preocupação em falar disso e os cientistas irem contra. Mas ficou comprovado que esse 1% de água seria suficiente pra abastecer o Sul, Sudeste e Nordeste brasileiro sem nenhum impacto. É um volume insignificante considerando o bem que vai fazer pro Brasil”.
Alguns cientistas discordam da alternativa. Para o pesquisador do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa) Philip Fearnside, o problema não é o 1% da água tirada do rio Amazonas, mas sim a energia que seria necessária para bombear o recurso hídrico.
“O trajeto envolve subida de altitude. Diferente de petróleo, a água tem que ser transportada em volume muito maior, e o valor por metro cúbico é muito menor, fazendo com que fique economicamente bem menos viável do que polidutos na Rússia. A energia para as bombas teria que vir de algum lugar, provavelmente de hidrelétricas, que tem grandes impactos”, analisa.
A demanda cresce, o clima muda, e os preços sobem. Os problemas de oferta e demanda de alimentos é um dos mais discutidos atualmente. Para o governador José Melo, a solução de transportar água poderá influenciar positivamente até a crise mundial de alimentos.
“Olhando o fato de que o Brasil, nos próximos anos, será responsável por 25% de todo alimento que o mundo vai precisar, e considerando que é nos alimentos que se gasta 70% da água doce que se utiliza nesse País, e se essa água já está escassa, então tem que levar o recurso de onde tem”, ressaltou.
“Não faz o menor sentido”
“Um canal terrestre da foz do Amazonas até São Paulo, com algo em torno de 3 mil km de extensão e tendo que vencer grandes desniveis, faz brilhar cifrões dourados nos olhos das grandes empreiteiras. Com o maior rio da terra fluindo na Amazônia - refiro-me ao rio Voador de umidade - não faz o menor sentido pensar em usar enormes recursos financeiros da sociedade e incríveis quantidades de energia para fazer a transposição de água do Amazonas por terra. A ameaça real ao rio aéreo, que pode estar ligada à seca em outras regiões, chama-se desmatamento. Muito mais barato será estancar o desmatamento e replantar florestas”.
O governador José Melo apresentou os projetos de infraestrutura que estão sendo executados no Amazonas, como intervenções no sistema viário, infraestrutura da Cidade Universitária e duplicação da AM-010. Segundo ele, US$ 825 milhões serão investidos em obras e projetos em tramitação, sendo a maior parte dos investimentos destinados à obras do Prosamim.
Questionado sobre um dos principais objetivos do programa, que é a requalificação dos igarapés, Melo informou que esta fase faz parte da última etapa. “Até 2018 nós terminaremos as intervenções e lá na frente, quem vier nos suceder, terá a imcubência de fazer a última etapa em todos os igarapés, que são as implantações das usinas recicladoras para termos rios de águas límpidas”.
Os investimentos na bacia do São Raimundo somam U$ 280 milhões do BID e US$ 120 milhões de contrapartida do Estado e contemplam obras em cinco bairros – Aparecida, São Raimundo, Glória, Presidente Vargas e Centro – que devem beneficiar, de forma direta, 4 mil famílias que somam quase 20 mil pessoas. No interior, ele citou as obras do Programa de Saneamento Integrado de Maués (Prosai Maués) e anunciou que pelo menos 10 municípios precisam de intervenção do Prosamim.

Fonte: ACrítica.

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