Foto: Divulgação / Internet. |
"Ninguém pode ignorar a vontade do povo de viver, de viver com determinação, de assumir as rédeas do seu destino", declarou o primeiro-ministro grego, Alexis Tsipras, que pediu aos eleitores que digam "não" às últimas propostas dos credores do país (BCE, Comissão Europeia, FMI).
Quase 10 milhões de gregos chamados a votar poderão fazê-lo até 16H00 GMT (13h00 de Brasília), e os primeiros resultados são esperados a partir das 18h (15h00 de Brasília).
"Devemos aceitar o plano de acordo apresentado pela Comissão Europeia, o Banco Central Europeu e o Fundo Monetário Internacional no Eurogrupo de 25 de junho de 2015, composto por duas partes que formam sua proposta conjunta?", está é a pergunta. Em frente ao colégio da rua Skoufa, no centro de Atenas, havia uma dúzia de eleitores à espera da abertura dos portões.
Com este referendo, o governo de Tsipras espera ficar mais forte nas negociações, graças a um "Não", com o qual obteria o apoio de, pelo menos, metade do povo grego.
Mas os credores promovem o "Sim" e apresentaram o "Não" como o equivalente a uma saída da Grécia da zona do euro. No bairro popular de Pangrati, em Atenas, Katerina, de 56 anos e eleitora do Syriza, ainda hesitava, a poucos metros da urna. Ela faz parte do 10% de indecisos. "Normalmente, eu sei muito bem o que votar, mas desta vez é tão difícil, estamos nervosos, não sei o que escolher".
A tensão é grande em todas as partes. Em virtude de um controle de capital, instaurado há uma semana para evitar o colapso total dos bancos, os gregos só podem retirar desde segunda-feira até 60 euros por pessoa por dia em caixas eletrônicos.
"Hoje é um dia de festa e alegria, porque a democracia é alegria e quando vence o medo é uma libertação (...) O povo grego expressará não só a mensagem de que continua a fazer parte da Europa, mas que quer viver nesta comunidade com dignidade", assegurou Tsipras logo após votar, se dizendo "otimista".
Pawel Tokarski, analista da Fundação de Ciência e Política (SWP) de Berlim, acredita que o voto "vai determinar o curso futuro da integração europeia".
No entanto, o ministro das Finanças grego, Yanis Varoufakis, o único no governo que prometeu demitir-se caso vença o "Sim", disse que a partir de segunda-feira "haverá um acordo", independentemente do resultado.
Fonte: Correio Braziliense.
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